Para Joyce Campos
Filha, ouça o que digo!
Ouça o seu a pai:
Essas coisas se passam demais!
E, de mais a mais,
o amor não é milagre,
o amor é "antes tarde..."
E "tarde" é bem antes
de "ainda depois";
o amor vem cedo, ora pois!
O amor é assim mesmo,
cantou-o outra gente:
"me chegue assim de repente".
E, a qualquer tempo,
ele é coisa azada.
O amor não tem hora marcada!
O amor é como a felicidade,
às vezes vem sem alarde.
É então como o Rosa
tem há tempos sabido:
é um achado de distraídos.
O amor tem carta branca,
ele faz o que quer;
toma homem, criança, mulher.
O amor não se prende,
não cai em armadilha;
o amor se aprende e se cria.
É um menino ladino,
entenda-o, criança:
De repente, num pulo,
te alcança!
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