sábado, 27 de dezembro de 2014

MULHER SOLTEIRA PROCURA

Até case! Caso encontre...
Caso contrário,
siga o rumo do horizonte!

É tortura a procura
do que, parece, só se esconde.
A estrada de uns é outra,
mais longa ou mais curta,
até o barco do Caronte.

Casamento é transitivo!
Direto, indireto...
Fá-lo as pedras do caminho,
no desatino de um instinto incerto.

Não tem sentido afetar um porte
só para agradar os outros
(estranho esporte...),

nem rodar o mundo de molde na mão.

Pode ser piegas, mas
é preciso sorte!
Ninguém adestra o coração!

Há listas prontas do que é necessário.
Há candidatos, formulários.
Há muita prova, aprovações.

Mas eu não acredito nisso!
(cada um cultiva suas ilusões...)


Eu acredito em colisão efetiva,
em acidente feliz!
Não em arquitetura afetiva,
ou em achar pronto, na ciranda,
o que sempre se quis!

Só se pode querer o que se conhece,
chance dada por um encontro.
Tanta confecção me entris-tece,
é tanto arranjo que se perde o ponto!

Caminhe leve, vá sendo.
E vá-se conhecendo também.
Só se entendendo pode ser compreendida,
e me parece o que mais lhe convém!

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