terça-feira, 13 de dezembro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

Vai e Racha!

O coração é sempre o mesmo: gosta de gastar-se, não gosta desgastar-se. Ser um dia um atleta retirado, com as fotos e os efeitos do vivido contando a história que o livrou das cartilagens, ou tê-las, a estas, intactas, mudas, estéreis.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Teorema






Às vezes, por rotas mais floridas e chegada mais serena, tomam-se os catetos e deixa-se a hipotenusa.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Pronúncia

O amor só é possível em si, só é possível em "se", só é possível "em se...". O amor não é possível em voz, não é possível em vós. Em nós, o amor só é possivel em nós.

domingo, 29 de maio de 2011

É uma vez...

Tem a faca. Tem o queijo. Mas gosta mais dela limpa e dele intacto do que suja uma, partido outro e satisfeito.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Qual Quer?

Qualquer que seja a paisagem à mão
Sutil e aquosa alegria
Imponente e ressequido sertão
Não se lhe escape jamais intocada
A súbita onda da inspiração

quinta-feira, 14 de abril de 2011

DISSO O LUTO

Uma incerta falsa moralidade. Um tenebroso delirante pudor. É preciso fazer disso o luto.

sábado, 2 de abril de 2011

Trás-o-Trago

Tão sólido quanto seja teu castelo,
Tão indevassável,
De tão intransponíveis muros,
Deserta-o!

Deserta-o antes que o tome o ermo,
Que o tome o visgo,
Que o tome essa noite!

Habita-lhe os jardins!
As camélias, enquanto tépidas,
Traga-as!

Traga o ar que trazes
Nos interstícios da morte
O fim
Que traga!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Imóvel

Sou rompante
E tudo que irrompe domina
Até que se me rompa a esperança
Até que se me rompam as forças

Desfaz-se rarefeito o mundo
Do que vem de mim
Desfaz-se o efeito no mundo
Do que vai de mim

Estéril idade a daquele que hesita!

quarta-feira, 16 de março de 2011

terça-feira, 8 de março de 2011

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Transpor Níveis


Há nesta vida barreiras. E fica-se preso a ver o Tejo, salgado das lágrimas de Portugal. E fica-se a ver o Sabará, opaco, em corrente e silencioso esquecimento. E fica-se de um lado do muro, e nos confinam fronteiras, e não nos defenestramos tanto quanto julgamos pelas janelas da alma. Contidos, tidos por não havidos, pelos ávidos.

Há nesta vida barreira até
que a transpomos a outra.