domingo, 28 de junho de 2015

sábado, 27 de junho de 2015

SÁBADO

Vou te acordar, bulinante,
frictivo, aglutinante.
Vou prolongar o instante
de emergente do sonho.

Seu tecido estará pronto
pra despir-nos do confronto
da nua realidade,
das brumas da conformidade,
do que com nos tocarmos dispomos.

E nos dispomos a tanto!
Faz-se energia como por encanto,
haurida do recôndito de nós.

Por esperarmos tanto
pelo momento de estarmos a sós,
não nos desatemos...
...faz dó!


Santa Inês, 2014.

quinta-feira, 25 de junho de 2015

NO AR!

Balão, avião, ideais, nuvens.
Asas lhe ajudem,
a menina está no ar.

E eu que adoro bons programas
quero me sintonizar.
Porque gosto de te ver,
embora deteste televisão.

Mas vê-la aérea ou etérea
me lança numa distração
dessas de capturar a mente.

Dessas que a gente só entende
em revisões de sonho,
essas que muito nos rendem

e de que agora me componho!


Santa Inês, 2014.

terça-feira, 23 de junho de 2015

PROSCRITO

Chega de tanta prescrição!
Chega de tanto siso!
A vida me pede expansão,
de expandir-me preciso!

Por que tanta regra?
Por que tanto me ensinam?
E a parte do que vou sendo
que aprendo no meu caminho?

Para! Tanta censura!
Onde a aceitação?
Há diferentes criaturas,
todas cria da criação.

Chega de impor seu modo,
ele é próprio de você!
Meu Deus! Paro agora!
Vejo que estou prescrevendo,

e o próprio de mim é viver!

domingo, 21 de junho de 2015

JANEIRO 12:15

"Que cor terá se derreter?"
Perguntava a Cássia pelo Nando
na canção que eu ouvia.

Acho que o sabemos todos,
na Belo Horizonte destes dias
O sol tá "in" e tá tenso!
E eu que também estou aqui
sinto-me também intenso.

Vazo tudo o que penso,
que já não é tão pensado assim.
Porque as ideias que agora frequento
dizem que o melhor é sentir.

Sinto-me então à vontade
para dar-lhes livre expressão.
E o faço porque há vontade,
que me rende satisfação.

Mas satisfações eu não dou!
Ou pelo menos não me explico.
E você que não gostou
não tem mesmo nada com isso!

sexta-feira, 19 de junho de 2015

CEGOS EGOS EM AGONIA (Meu poema (de) contínuo)

Senhores, este poema será reescrito ad nauseam

Con-verso afiado,
ou fiado.
Música para ver
(quando tem ritmo ler).

Qualquer outra coisa que se ache.
Em geração espontânea,
emanações sinceras.

Meu jargão,
meus vocábulos prediletos.
Às vezes os invento,
às vezes desenterro.

Meu idioleto,
mesmo se obsoleto.
Versos livres,
levianos até.

Versos tão livres quanto uma mulher!

Às vezes só gloso,
com graça.
E o gozo,
não vejo trapaça.

Se pudesse,
você o faria?
Então verse,
pra ver o que acontece,

O mundo tá cheio de poesia!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

LUZ SEDUZ

Digo aos enamorados:
é supérfluo vigiar.
A matéria no calor se expande,
não tem como evitar!

Se está cercada,
arrebentam-se cerca e coisa.
Estar-se livre no calor
é portanto melhor escolha!

Também digo aos casaizinhos:
é contraproducente espreitar.
O ser humano, se vê um farol,
põe-se logo a desviar-se.

Chega a ouvir sirenes,
um sinal forte a soar-se.
Tem-se um ímpeto de fuga,
de a luz do dia amaldiçoar-se.

Se o campo segue escuro,
se não o fere nenhuma luz,
intimida-se o avanço,
e o ganso ao próprio campo se reduz.

Muita luz seduz!

segunda-feira, 15 de junho de 2015

SOFT-SE

Andava aturdido,
precisava ficar soft.
Sua vida era um labirinto,
transformou-a num loft.

Incitava-o seu instinto:
"Com tanto recinto não se pode!"

Com tanta parede não me sinto!
Há o ímpeto de estar largo,
mas com este prédio não me permito!

No tédio eu me limito,
procurando uma saída,
saída sem conflito.

Andava aturdido,
preferiu ficar loft.
Derrubou o labirinto,
transformou-se num soft.

domingo, 14 de junho de 2015

quarta-feira, 3 de junho de 2015

AO LADO

Príncipe encantado
em te conhecer.
O conto é invertido,
como se pode ver.

Também a maçã,
comi-a eu.
Não desfaleci,
nem me expulsaram.

Ficou a pergunta:
do que foi que provaram?
A coisa era dada a todos,
mas nem todos notaram.

Pois não sabem que o amor é livre;
e o coração,
alado!

terça-feira, 2 de junho de 2015

AGORA

Saí do Português,
o de muitas vogais,
e fui ao latim,
o dos ancestrais.

Perdi-a de "nunca" a "nunc".
Nada à frente ou atrás!

Quando agora?
A qualquer momento.
O sol tá lá fora,
ou está a lua

que também me melhora!

O poetinha estava certo até:
"Meu tempo é quando!"
E "alea jacta est"




Mansarda Centraliana,25/2/2015

segunda-feira, 1 de junho de 2015

DIRIJA-SE

Para Paula Nogueira


Você dando-se muito a crenças,
alto lá!
Tem coisa que estraga se molhar.
Um bom exemplo é o do centro de pensar.

Cérebros secos, embora irrigados,
divisam o beco, assutados,
pois sentem-se largos,
os cérebros secos.

O lavado pode ser seco?
O certo é "seco" ou "secado"?
Cercado não pode ser consertado,
se muito embebido, molhado.

Cuidado com com que se concerta.
Muita fibra e pouca meta
vê-se que é coisa que cega,
da cegueira escura e sem remissão.

Bote seu foco em você.
Procure-se! Dê-se a mão!
Se se olhar com cuidado
enxerga até sua missão.

Vá, vá com apoio,
de apoio eu gosto, é bom!
Só não integre qualquer comboio,
sob qualquer direção.

A direção é pessoal,
tenha as rédeas na mão.
Ou será média pífia
para as contas de exploração.