sábado, 5 de maio de 2018

UM NORTE

Na orla de Cabo Branco não se perde o Nord,
que por todo lado se demarca,
demarca-se em rede.

Não é rede que se leve à praia,
não é rede para peixes.
Apenas turistas se apanham.
Apenas turistas num apanhado
que não se permite ser traçado.

(Nem um traço de audiência
de um loiro de outro lado)

Uma variedade tanta
que não é variedade nenhuma.
Tanta gente sempre a mesma
quando a terra não é sua.

Um misto alvoroçado
entre alerta e displicência.
O homem é um bicho tão estranho
que nunca o explicou a ciência.

Ou só seu endo-funcionamento,
que é aquilo que se vê.
Não é um belo bicho esquisito?
O que não se enxerga é o que se pode entender.

Já eu digo que me enxergo,
dia-a-dia cada vez mais.
Eu também renuncio às teorias
e só quero viver em paz!



João Pessoa, 31/5/2017.

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