quarta-feira, 9 de maio de 2018

MAR DO CABO BRANCO

Queria ter os olhos do verde
do mar do Cabo Branco.
Do mesmo impacto aquoso
que arrasta manso e firme.

Esta doçura salgada,
mirante favorecido
dos céus azuis da Paraíba.

Quem trouxe a decepção
ao campo semântico do morno,
quem lhe vê insuficiências,
decerto nunca se banhou nestas águas.

Derrado.

Faltou-lhe divisar este horizonte
por entre poucos, belos barcos.

Eu assisto calado.
Calado de encantado.
E calado constato
que já tenho os olhos verdes
do mar do Cabo Branco.


João Pessoa, 3 de junho de 2017.

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