Queria ter os olhos do verde
do mar do Cabo Branco.
Do mesmo impacto aquoso
que arrasta manso e firme.
Esta doçura salgada,
mirante favorecido
dos céus azuis da Paraíba.
Quem trouxe a decepção
ao campo semântico do morno,
quem lhe vê insuficiências,
decerto nunca se banhou nestas águas.
Derrado.
Faltou-lhe divisar este horizonte
por entre poucos, belos barcos.
Eu assisto calado.
Calado de encantado.
E calado constato
que já tenho os olhos verdes
do mar do Cabo Branco.
João Pessoa, 3 de junho de 2017.
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