quinta-feira, 10 de maio de 2018

CASA

O peito palpita.
A boca seca.
A luz é sempre
a saída pras trevas.

Tudo reclama espírito.
(E o espírito que não se reclame).
Tudo reclama empenho.
(E o segredo que não se proclame).

Estrada reta é sono.
Curvas, insinuação.
A culpa é sempre do mordomo!
(Ou é de quem abre o portão?)

A casa assim palmilhada

é imóvel de muitos cômodos.
Incômodos alguns,
outros de conforto ou assombro.

Já ninguém limpa o porão,
de medo do que pode assomar.
Já ninguém alça ao sótão,
que é só alçapão como está.

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