segunda-feira, 14 de maio de 2018

CISMAS

Punido sem recesso e sem repouso
por desconhecer as regras do jogo
"do fogo das coisas que são".
Outro fogo me queima as entranhas
e desconhece extinção.

Alimenta-se a si mesmo,
num cego esquema retro.
Mas o desconheço em minha essência,
tomando-o por abscesso.
E quero provar meu acerto
perdendo-o no trajeto.

Quero viver dos sentidos,
de que vale a imaginação?
Só vale de asas ao preso
da verdadeira prisão.
Pros soltos presos a disparates
é só requintado grilhão.

Libertem-se poetas e meninos,
homens que de homens só têm o peso!
Vergam sob responsabilidades 
e desconhecem temperos.

Não sabem dosar seus dons,
não sabem o que fazer do dado.
A paz é o mais belo Tom!
Entoe essa música suave.

Só agora!
Só aqui!
Só o que se vê e toca!
E toque essas cismas, Pai!
Que quem as guarda se enforca.


Guarulhos, 5/2/2018.


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