quarta-feira, 30 de maio de 2018

ONDIPLENO

Para Isadora Liberato

A vela não faz nada sem o barco.
O barco sem fundo é naufrágio.
No fundo, à nau frágil 
não pode beijá-la a onda.
A onda que não morre na praia não se completa.
A praia que despede o mar 
não sabe do que está repleta.

Quem se completa prescinde da busca.
Eu sem amor sou renúncia.
A renúncia só me vale se por ele se faz.
(Não existe voltar ou atrás.)

Tomo coragem e o impulso.
Não sou intruso em meu peito!
No meu peito (poucos sabem!)
bate o plano perfeito!

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