Para Isadora Liberato
A vela não faz nada sem o barco.
O barco sem fundo é naufrágio.
No fundo, à nau frágil
não pode beijá-la a onda.
A onda que não morre na praia não se completa.
A praia que despede o mar
não sabe do que está repleta.
Quem se completa prescinde da busca.
Eu sem amor sou renúncia.
A renúncia só me vale se por ele se faz.
(Não existe voltar ou atrás.)
Tomo coragem e o impulso.
Não sou intruso em meu peito!
No meu peito (poucos sabem!)
bate o plano perfeito!
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