terça-feira, 6 de janeiro de 2015

RINDO-NOS


Quando te penso eu rio,
e não é pouco!
Mas juro que não sou louco!
Apenas bobo da corte.

E não sou bobo só se cortejo,
ser bobo é o que mais almejo!
(Distraio melhor que governo...)

Mas os sorrisos tendo alforria,
dizem, prorroga-se a vida,
e isso me consterna!
E se ficar semente esquecida?
Apaga-se o mundo e eu seguro a lanterna?!

Não entendo tanto de futebol,
mas a lanterna sei que pode ser triste.
E como fazer-se de sol,
apagados os felizes?

Os felizes que escolhi,
os felizes com quem aprendi
a arte do contentamento.
Será que se me deixam ascendem,
e acendem meu firmamento?

Não sei! É mistério!
Minério sem ferro,
matéria sem promessa...

Mas enquanto matéria eu mesmo,
e se não há o que o impeça,
vou vivê-lo do meu jeito!

E esse jeito é o de experimentá-los,
aos meus eleitos felizes.
Pois um dia se vão, arrebatados,
e restam-me as cicatrizes.

Mas se fomos felizes,
as cicatrizes são sorrisos.
E vou esperá-los vestindo-os,
até o dia em que também me transfira.

Vou esperá-los contente,
assim aproveita-se a vida!

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