Ensina-me o que sabes!
Me ensina! Me cabe!
A minha sina é aprender.
A nenhuma coisa outra
destina-se viver.
Quero aprender a teu lado
o que sabes decorado
e o que a espontaneidade produz.
Quero banhar-me no dourado
abençoado da tua luz!
Não te chamo santa,
ninguém implanta a santidade em alguém.
Apenas quero dar-te a planta
do que me construo também.
Construirmos-nos juntos,
através dos assuntos
que nos inventarmos.
E que sejam muitos,
calmos tumultos
de sonhar acordados.
Todo aquele doce
que tantos cantam.
Que estanca o pranto
com fruta mordida.
A fruta que é o doce da saúde,
e nem sei como pude
nutrir-me de outros.
Pois para tornar-me o que sou,
ou melhor, o que estou:
pronto para outra canção.
Mel-o-dia todo,
cantar pode ser pouco,
mas é inclinação;
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