quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

APRENDIZ

Ensina-me o que sabes!
Me ensina! Me cabe!
A minha sina é aprender.
A nenhuma coisa outra
destina-se viver.

Quero aprender a teu lado
o que sabes decorado
e o que a espontaneidade produz.
Quero banhar-me no dourado
abençoado da tua luz!

Não te chamo santa,
ninguém implanta a santidade em alguém.
Apenas quero dar-te a planta
do que me construo também.

Construirmos-nos juntos,
através dos assuntos
que nos inventarmos.

E que sejam muitos,
calmos tumultos
de sonhar acordados.

Todo aquele doce
que tantos cantam.
Que estanca o pranto
com fruta mordida.

A fruta que é o doce da saúde,
e nem sei como pude
nutrir-me de outros.

Pois para tornar-me o que sou,
ou melhor, o que estou:
pronto para outra canção.

Mel-o-dia todo,
cantar pode ser pouco,
mas é inclinação;

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