sábado, 14 de julho de 2012

Zanzão



Dizem-me "coração inconstante"
Mas eu não concebo essa razão!
Do contrário como haver tanto sangue
Percorrendo tanta extensão?!


Sangue que a tudo dilata
Sangue bom que aquilata
A força desta pulsação!


E se pulsa sempre um instante
A que seguem de perto outros tantos
Sempre é vital!
Nunca exangue!


É vital que, pois, não se zangue
Se com tanta pulsação eu me zanze
Por aqui, agora
E lá depois!



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