domingo, 29 de julho de 2012

Raízes ao Ar (cancerianas)


                                                Eu olho o mundo da janela
                                                Eu vejo o filme além da tela
                                                Os dias passam como por encanto




Pouco me inspira tanto
quanto o desfile desajeitado
de uma mãe inciante.
Vem de alimentar o mundo,
e tenta alimentar o infante.


Esqueço-me a olhar da janela
sem coragem de descer a um tal pátio.
É que isso reclama concurso,
e obtê-lo mata-me de enfado!


Mas já não sendo eu mesmo criança,
convinha, talvez, engendrá-las;
ou importá-las, quiçá, que me bridem
bagunça na minha sala.


É, eu já não sendo criança,
impõe-se-me produzi-las,
que vida que supera a infância
fica da vida esquecida.


= : )




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