segunda-feira, 30 de julho de 2012
Um Bonde Chamado Desejo II (Pra quê os trilhos se não passa o trem?)
Cabe pois num vagão
toda a nossa viagem.
Mas é cinza e carvão
amor, e sua imagem.
E me perco,
como atrasado no bonde,
e nem há, à vista,
janelas que almejar.
Mas a vista se derrama
porque a rua é já ali.
E o que desejo se esconde
para não o alcançar (descobrir?).
Atônito, desejo no bonde.
E os que nele me veem
"Faz por onde!"
Mas por onde, mãe?
Ferros via...
Eis que range nos trilhos
uma forma de adeus.
Os cuidados são filhos
da tristeza de um deus.
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