domingo, 3 de junho de 2012
Craveja-a-dor
Desencana, meu amor!
Tudo seu é muita dor.
Vive!
Cutuca-me um Baleiro
No escuro do cinema de mim
E craveja-me com as balas da constatação:
-És um curte-dor!
(Enquanto você fantasia
Suas dores de amores)
Mas acaso não há
No mesmo verso
Um alerta diverso?
O de não travestir
De amor a dor?
Concebo (fiat lux!) um plano:
O de fazer pleno o da alegria
E plano o da dor
(Não a planejo; aplaino!)
E deixá-la tapete para pés
De irem a novo verbete:
Renovação!
Sou, Zeca
Craveja-a-dor
Meu estilo é
Taquigrafia na Taquicardia
Como um Lancan Zás! do verso
Interrompo
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