quinta-feira, 7 de junho de 2012
Emanações (Essência IV)
Eu tenho um verbo em mim
Que não sei o que quer dizer
E o tenho expulsado
E os que o veem não o sabem ler
E dizem que é mesmo assim
E que não poderia ser diferente
Que ao homem não é dado parir
Nem gente!
(Não é criador, mas mero concorrente)
E com correntes fortes
Ata-se em sua fortaleza
Sem sorte, mote ou cantiga
Digo de mim que é tudo
Coisa muito antiga!
Se Dimes, em 74
(faz tempo)
Soube ver em Clarice
Situações-pensamento
Não há por quê me debater
Represar-se não é viver!
O mal me aporta o livreiro
O mal o verto em tinteiro
Em confusas emanações
Mas o ar que se respira
É o mesmo que curte a página
Vida ávida por se macular
(Digitada ou esferografada)
O mundo está redondamente enganado!
(Não sou eu que não me enquadro!)
Me distribuam esta circular!
Não tenho subordinados
Mas há quem me queira escutar
Não sei o que dizer possa
Mas com viver eu
Inflamado em toca
Não vá você contar!
E vê se não me deixa
(lhe rogo)
Esta tinta secar!
Pena da galhofa
Tinta da melancolia
Nunca esteve certo
O que fazia
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Que lindo !!!! De emocionar, é um 5 estrelas na minha listinha sem papel... =]
ResponderExcluir= : )
ResponderExcluirPõe a listinha no papel que ela vira índice, hein!