quinta-feira, 28 de junho de 2012

Espere





                                     Para mamãe Flor, Vovó Terezinha
                                     E os ainda mais vivos que elas.




Quando pequeno me espantavam
Os retratos dos antigos
Mas o menino loiro e sereno
Tampouco se parece comigo!


Em brincar gastava o dia, desatento
E eu nem sei, mas
O que busco é abrigo


Por que não gozar o céu limpo
E ver mudarem-se as cores do dia?
Quem foi que nos interditou
A bem-vinda alegria tardia?


Talvez algum ensinamento
Que, antigo, desde Roma nos aponta
Modificado pelo vento que diz
Que a alforria na morte desponta!


Mas eu não saberia ser forro
Há liberdades de que quero estar liberto!
E aproveito sem apressar o dia
De ter de novo vó e mãe aqui bem perto!

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