quarta-feira, 19 de junho de 2019

FIRME

Meu profundo é à tona.
É tônico,
em tons plenos.

O meu interno é livre
para vestir-se de dom.
Pra despir o dom
e vestir os gélidos.

O melhor dom é instaurar
seu próprio falanstério.
Em que não haja comandos,
nem haja fronteiras.
Que aja na baixa
e aja na cheia.

Em que se abriguem todos os precisados.
(Viver não é preciso
nem é preciso prová-lo!)

É preciso tateá-lo,
apalpá-lo.
É preciso repará-lo,
iluminá-lo.

Há tempo pra tudo
e muito pode ser feito.
Perfaz-se mais cedo
o que se vasculha.

Barco, barca, escuna.
Vento e vela,
sorte e correnteza.
É preciso que haja leveza pra se levar.

Uma luz oriental,
de asa de avião.
Certezas em suspensão,
palco da fé.

O espetáculo da confiança
que reflete a confiança.
Uma pureza como nem a de criança.

Uma intensidade de cintilar.
Atenção descansada.
Flores como se escadas.
Tudo em elevação.

Um concerto concêntrico
de todas as esferas formativas
dos acontecimentos
de que se faz a vida.

Mais se sente do que se entende.
Mas o porquê de se sentir
se compreende.

Assomar-se.
Vir-se à tona.
Por um convite que é uma chance.
Uma chance que é um proclama.
(Quem sabe o que recebe avança).

Os passos são firmes.
Simultâneos.
Paralelos.
Ficou muito atrás qualquer flagelo.

(Sofrer não é escolha que se faça!).

Sorrir, pois, muito,
que é de graça!
O que sorri não disfarça,
nem haveria por quê.

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