Os quarenta já tentam me dizer
que qualquer dia é propício
pra se começar a viver.
Acordar de um sono profundo,
em berço esplêndido, ou nem tanto.
Tudo, de tanto, por fazer,
e não se garante nada!
Nem o solo da canção tão ouvida,
e que sempre esteve gravada.
Não soará igual.
Nem o mundo parecerá o mesmo.
E aparecerão versos mais bonitos
que os sobre vagar a esmo.
Mais beleza em Norte e Sul,
Leste e Oeste.
Beleza na bússola e nos mapas.
Em, na falta do caminho aberto,
ser capaz de fundar a estrada.
Mas construí-la com atenção,
empregando bons métodos.
Alguns aprendidos dos avós
e a se transmitirem aos netos.
Tratar de tramar o amor
com os fios claros da Alegria.
Ver na escuridão o repouso
necessário ao brilho do dia.
Exultar dessa chance
desde sempre programada.
A luz e o calor prenhes
que se sucedem às madrugadas.
Prenhes e fertilizantes!,
transmissores de bençãos.
Que podem ser replicadas
(é mais fácil que pensam!).
Olhos no caminho.
Olhadelas para o céu.
E lavro o consolidado
com caneta e papel.
SAPOC, 7/6/2019.
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