Acabaram-se os palpites!
Sou Dercy desde já!
E não vou esperar os 90,
tão distantes,
para o decretar.
Sou Rita Lee,
ainda se menos amado.
E não sou artista de vendas,
sequer me importa o mercado.
(Só o que há dentro de mim
eu quero ver exportado.)
Eu quero saber de mim
e não sei como me meço.
Então vou sair ao jardim;
não preciso pedido expresso.
Olhar a casa de fora,
depois olhá-la de dentro.
Deitar-me à noite nas telhas
e apenas sentir o vento.
Vou ser o Snoopy nas pistas,
ou Charlie Brown, se me aprouver.
Ou serei Woodstock
e o chão nem verá os meus pés.
Santo se me recolho.
Louco se me analiso.
Médico se peço cura.
Poeta quando me inspiro.
Cabelos longos se quero,
ou anéis e colares.
Botas do Axl de 87,
ou outro qualquer badulaque.
Ou só uma flanela velha,
se apenas o frio me importa.
Não importa o que pensa a velha
que me espreita atrás da porta.
É tempo de liberdade
em todos os seus estados.
Sou floresta, não muda ou mudo.
Eu não caibo no seu vaso.
Às estrelas!
Ao Sol!
Ao Léu!
À vida, se quero,
se não, ao papel!
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