Gosto do escuro do cinema,
em que salta a projeção.
Em que me assalta o sono
se após a refeição.
Gosto da luz do cinema,
em que protegido me projeto.
E abandono-me a mim
como se no deserto.
Gosto da penumbra do cinema,
em que o pensamento inconfuso
me estiola da lucidez
da fantasia que me infundo.
Gosto do silêncio do cinema,
da falta do grito do teatro.
Eu o abandono à tensão
e você o premia com o tato.
Gosto do conjunto do cinema,
de ser 'réalisateur'.
De dirigir-nos prali
sempre que se puder.
São Paulo, 8/4/2018.
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