quarta-feira, 4 de abril de 2018

NAS NUVENS

Como quando criança,
procuro formas nas nuvens.
Procuro formas na Lua
e procuro formas de,
na rua, não me deformar.

Molda-me o Tempo.
Moldam-me circunstâncias
e moldam-me, um pouco, instâncias
de meus colegas detentos.

Mas o que quero é livramento
de tanta conformação.
Eu quero achar o sustento
na minha recordação.

Tudo já estava na criança
pedindo burilamento
que se confunde com o que,
no tempo,
quer me descaracterizar.

E olha que, sim, me mudo.
Me mudo do que me fere,
mas não me calo,
que quem me cala não consegue
ouvir o que quer-se confessar.

Não me confundo com distração,
refundo-me na convicção
de que atrelado ao melhor de nós
vou deste para o melhor.

O melhor que me é dado ser.
E como o futuro é na União, 
conto muito com vocês.

Abraço.
Regaço.
Concurso.

Tudo fica mais fácil 
se todo mundo quer junto.

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