segunda-feira, 3 de agosto de 2015

UNIVERSO INVERSO II

Minha poesia não tem alcance.
Talvez fosse melhor, quem sabe,
dedicar-me a algum romance.
Romance fora das páginas

(que é onde residem as chances!)

Mas fora das páginas já estou, 
ali nunca me grafei.
Só tenho as linhas da vida e
muito fora delas errei.

Mas errei por ter tentado,
por ser tentado, eu acredito,
por tudo quanto percebo
em tudo aquilo que fito.

E de mais a mais não sou poeta,
só sujeito sujeito a inspirações.
E sendo assim nada desperta
em minha pobreza aspirações.

Não me é negado o que não peço,
minha vida é universo inverso.
E sendo livre (não tenho escolha!),
nunca cheguei mas me despeço!

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