Não me leio, não me vejo,
não sei o que andei falando.
Sou poeta de recreio,
não de se estar estudando!
Por isso o que escrevo à beça
não traz a beca ao formando.
E se escrevo sem estudo
eis tudo! Do que estou reclamando?
Não reclamo de não ser enquadrado,
dissecado, decantado em teorias.
Pretendê-lo me faria escravo,
e eu só pratico alforrias.
E viva o poeta forro!
O poeta bobo, arauto da alegria!
Só disso precisa o povo,
e não de estorvos de Academia!
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