Vivo entre o que escrevo
e o que escrito.
Vivo calado, sem crivo.
Sem palmas, sem audiência.
Vivo e sei que do que crio
nunca se ocupará a ciência.
Nem renderei nenhum filme,
como sonhou Jon Bon Jovi.
(E esses sonhos de muito alarde
são sempre sonhados bem jovem...)
Porque a gente envelhecendo
só mesmo a pena não cansa,
quanto mais vamos vendo
que não somos criança.
Mas na hora em que me grafo,
sou potente de garfar o mundo.
E posso radicar na infância,
que já existem poetas maduros.
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