Estou sem óculos, máscaras,
luvas e protetores de ouvido.
Mas vivo,
tenho vivido.
Ou talvez tenha contraído
bactérias que você desconhece.
Bactérias dessas que descem
ao mais fundo de nós.
Dessas que nos revolvem
e resolvem o problema da muita saúde.
Dando-me certas doenças
para que me cuide.
Há coisas incorpóreas
que clamam por incorporação.
E coisas que nos vão dentro
e clamam por livramento
da nossa sanguínea prisão.
É preciso inspirar,
mas o que inspiro não prescindo
de expiração.
Expirar-se também!
Expulsar-se de estar-se
o próprio refém.
Ponha-se o mundo,
e do mundo
interpenetração.
Digo isso,
eu o proponho.
Qual sua interpretação?
Nenhum comentário:
Postar um comentário