sexta-feira, 11 de outubro de 2013

NUNCA DANTE

Eu tenho um mapa-mundi 
na parede do meu quarto.
Meio torto, assim tombado,
e é mesmo assim que perambulo:
meio de lado, olhando de soslaio,
ao diabo de "revesguê de olho",
como quis um gaúcho.

E o que é que tem?
Minha avó morreu há tempos
e já então me dizia que
o mundo andava mesmo virado!
E o que fazer? Desabitá-lo?
E eu lá tenho escolha? Que raio!
Que um raio me partisse 
antes que você me visse
escapado...

Sou eu que ando tombado,
nada de me dar o tombo!
Impende nos encontrarmos!
É cogente eu ser achado!
Urgente? Niente!

Nada urge neste mundo,
por mais que o tempo escape.
Por mais que se esvaia
é disfarce!
Nós o que temos é de urdir,
tramar...

Ande distraída!
É já que lhe aplico o golpe
de sorte.
E este mesmo sinal que nos distingue,
cada um no seu corpo,
no mesmo lugar?
O mais de tudo é estarmos...
E aí? Vamos?

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