O poeta não é autor.
O poeta porta a dor do poema,
que nele ancora,
que dele explora os desvãos
e é vã a defesa!
De pena na mão, é antena.
E apenas concatena
o que se deve escrever.
Irradia o mundo algo que impele,
e não é qualquer pele
que o pode absorver.
É então a água que bebe imantada,
e não há, de seu, nada
que possa, dado, oferecer.
Mas eu quero ver
é escrever
sem que lhe doa!
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