sábado, 5 de outubro de 2013

À PORTA

E me esquivo com cuidado
das aldravas da loucura,
essa porta sempre escura,
que encostada sei que se fez para se abrir.

Não abro o presente antes do tempo,
e até antevejo o ressentimento
por ser brindado com o que eu  não escolhi.

E ninguém sabe o que surge,
se é liberdade o que ali se urde,
ou se com isso se abrevia o que se vive.

Paris, setembro de 2013.

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