sábado, 15 de maio de 2021

MADRUGADA

Sábado de madrugada é imenso.
Na madrugada estou fora do tempo. 
ME expando quanto me penso.
(e me espanta não estar detento).

Sábado de madrugada nada me arde.
Não é cedo, não é tarde.
A madrugada apenas está
(e tudo faz-lhe parte).

Minhas memórias doces
são sonhos ainda possíveis.
Não tenho culpa de nada,
não tem disse-me-disse.

A madrugada me redimensiona
e me sinto conectado à toda gente que sonha
com dias mais felizes
e mesmo coisas medonhas.

A madrugada só chora risonha
(a madrugada que não me apaga me inflama).

Da madrugada tudo se aceita,
nada se reclama.
A madrugada me respeita,
respeita o que me chama.

E eu nem sei o quê...
(que coisa mais estranha!)

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