E ele no encalço de nada.
Na busca de posição,
da imposição de julgar.
Trocando batidas de cor
por sentencioso martelar.
Impondo-se e a suas ideias
sem nem ideia do dano.
Numa riqueza-miséria,
espécie de bosque-pântano.
Onde a Luz não penetra,
embora sem deixar de insistir.
Tornado-se estranho asceta
do verdadeiro existir.
Tudo em conformação
ao estabelecido sem compromisso.
Com descaso da Justiça:
"E eu lá faço caso disso?!"
Em vez de amor, conveniência.
Ao invés de soma, subtração.
E o vazio, insidioso,
em plena multiplicação.
Até vir o ocaso da vida
mostrar a vida não tida.
E a Luz deixada de fora
arrombar-lhe a retina.
Impõe-se-lhe.
Mergulha-o em si.
Num poder inevitável,
qual um sol em chafariz.
E agora tudo queda claro.
A queda, claro, na escuridão.
Quando instâncias já não trazem recursos,
e não há proveito em unir as mãos.
Adia-se a rogativa até que,
em nova chance,
nova vida,
possa tê-la reta e digna.
CNF-REC, 17/5/2019.
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