Minha alegria está sempre a postos,
não é preciso rogar.
Como o que sabe que se reservando
vai-se deteriorar.
Como a água que sabe, ainda doce,
que seu destino é o mar.
E que no mar não é eterna.
Graças ao sol,
que torna a trazê-la aos céus,
de onde a despeja, recuperada.
A água em movimento é salutar!
(Já é outra coisa a água parada.)
Melhora-se a bem de tudo que toca.
Do plantio.
Do dia de sol.
Do menino sadio a correr no parque,
onde não pode restar.
Vai-lhe custar fazer-se homem,
pra nem assim descansar.
O homem é água também,
e mal sabe sobre o anjo,
a cuja condição, para alçar-se,
seguirá trabalhando.
Sua água, tampouco estanque,
vai fazê-lo transpirar.
Chorar até! (Que que tem?!)
Ela faz o necessário,
apenas não se detém.
Porque da lei do trabalho
somos todos reféns.
E somos os cativos
que nela nos libertamos.
Porque somos os ativos,
ativos porque amamos.
Como nos amamos já sem nos ver.
A marcha é irrevogável,
nada a pode deter!
SAPOC, 17/5/2019.
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