domingo, 28 de outubro de 2018
ATÉ O CÉU!
Até o Céu, tão vasto,
é assim: nubla,
depois se arruma todo de luz!
Grande desse tanto,
não se aflige.
Tudo passa,
e ele sempre assiste.
Invulnerável.
Confiante.
O Céu é de si triunfante!
Sobrepaira.
Tão superior,
nem precisa alçar-se,
não precisa de alças.
Sua atmosfera não é falsa.
A atmosfera é sua filha.
Todos lhe devem tributo.
O tributo da liberdade.
O Céu é o salvo-conduto
desta espécie de santidade:
a rubra fraternidade,
contra a qual nada podem
bandeiras usurpadas,
que já não são da comunidade.
Só um trapo de uma elite
que não se sabe.
Não sabe nada!
Já acorda cansada,
e suga até deitar-se.
Mas ainda a deitamos por terra.
Não tá morto quem peleia.
Não tá morto quem resiste!
Não tá morto quem espera.
Há de o Céu vir à Terra
para a bendição de tudo.
Tudo seja bendito!
Seja tudo mais bonito!
Tudo seja repartido!
Eu acredito!
Acredito que o Céu é onde o amor está.
E que o amor, sem impérios,
ainda há de imperar!
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