O caçador despertou dentro de Janis.
Está-se alternando entre caçar
formigas e o vento.
Não confessa como faria um cachorro
mas acho que me caça o tempo.
Mia para o meu encanto,
traz a mão sobre sua cabecinha.
Minha mão não quer deixá-la
nem pra fazer poesia.
Janis caça o vento.
Emprego meu tempo
em observá-la.
Janis, vão-se os tempos
em que não lendo
não fazia nada.
Janis, quero dar
notícias suas ao povo.
Mas quase toda a gente
acha a Tribuna do Gato um estorvo.
E eu os condeno da Tribuna,
e no meu Tribunal,
como todo pai orgulhoso.
Janis, tudo pode seu advento,
como nunca puderam outros!
Janis, pra levar-me à rua
o programa tem de ser transcendental.
Janis, já entro na fase
de não te achar tão animal.
Aquela sua sempre fase
de achar-me um seu igual.
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