sexta-feira, 26 de outubro de 2018

MUITO

A beleza do amor é esta:
amar a ex-adversa,
mas não tenho sido capaz.

Não esses tribunais
e sua imodéstia,
matando a réstia insistente
do que um dia foi a Justiça.

Essa ganância enrustida,
tão mal que é tão aparente.
Esse quadro é deprimente,
mas não me desanima de viver.

Esse quadro lança-me à luta.
Não tenho medo da disputa
pelo que é nosso direito.

Já houve David.
Já houve Golias.
Já se matou muita bola no peito.
Agora é sempre o tempo perfeito!

(Sempre todo tempo que há!)

Nada vai nos desviar.
A caminhada é incessante.
Nosso grito, possante.
Nossa veia a do bom sangue,
o que se doa mas não se entrega.

Chega de nos imporem regras
que são o avesso de uma
que assim se possa chamar.

Já disse: não vão nos calar!
É assim que é!
Pra caralho!

Nem se deem ao trabalho!
Somos assim!... pra caralho!

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