Não ando à cata de nada
e muito me cai em cima.
Essa chuva inopinada
é a de que a gente precisa.
E de reconhecer a sorte,
pra gente não se por a abrigo.
Reconhecer os instrumentos
mesmo sem ver o amigo.
O amigo não preciso vê-lo.
O amigo posso intuí-lo.
O amigo não acho fora,
eu o trago comigo.
E vou vendo a estrada,
e sabendo que a vou fruindo.
E que a bússola é-me inata.
(vou relembrando o caminho).
Relembrando sobretudo
a que lugares não demandar.
E retorno antes do trevo,
antes de me entrevar.
Sei que nunca estarei vencido;
nunca se perde a guerra!
Só se perdem batalhas,
é a regra na Terra!
Salta sobre mim o invisível
e reparo que vem de dentro.
Meus olhos são lamparinas,
é o que estou aprendendo.
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