Afélio,
é por estar tão distante,
tão distante quanto possa,
que te coça a vontade de voltar.
Que te caça esta minha Luz,
ousadia estelar.
Petulante basculante
de o cômodo se iluminar.
Afélio,
que tédio te afastou?
Cansou-se deste seu espelho
que reflete sobre o Senhor?
Não procure a escuridão,
ela não é coisa sua.
Nada demande à treva,
não é nada em que se inclua.
Afélio, quero seu bem,
mesmo se bem longínquo.
Que haja sempre luz,
mesmo se não a deste vassalo.
A vê-lo na escuridão
te prefiro apoastro.
Tão vasto o Universo!
Tanto, mas tanto espaço!
E se também o Universo se curva?
E se mesmo se afastando
se reúnem as criaturas?
O Universo é nosso terreno,
do nosso concurso um prédio.
Afélio, eu te despeço com eterna gratidão!
E honro todo periélio que tome a difícil missão!
Faetonte, o movimento
faz-se todo música.
Faz o dia, essa Alegria,
e nenhuma alegria é única!
Centro Oriente, 4/7/2018.
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