quarta-feira, 4 de julho de 2018

AFÉLIO (Per Aspera Ad Astra)

Afélio,
é por estar tão distante,
tão distante quanto possa,
que te coça a vontade de voltar.

Que te caça esta minha Luz,
ousadia estelar.
Petulante basculante 
de o cômodo se iluminar.

Afélio,
que tédio te afastou?
Cansou-se deste seu espelho
que reflete sobre o Senhor?

Não procure a escuridão,
ela não é coisa sua.
Nada demande à treva,
não é nada em que se inclua.

Afélio, quero seu bem,
mesmo se bem longínquo. 
Que haja sempre luz,
mesmo se não a deste vassalo.

A vê-lo na escuridão
te prefiro apoastro.
Tão vasto o Universo!
Tanto, mas tanto espaço!

E se também o Universo se curva?
E se mesmo se afastando
se reúnem as criaturas?

O Universo é nosso terreno,
do nosso concurso um prédio.
Afélio, eu te despeço com eterna gratidão!
E honro todo periélio que tome a difícil missão!

Faetonte, o movimento
faz-se todo música.
Faz o dia, essa Alegria,
e nenhuma alegria é única!


Centro Oriente, 4/7/2018.

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