sexta-feira, 27 de julho de 2018

BELÉM

Belém, c'era tão longe!
Muito, muito pra lá!
Mesmo Manaus já vista
não contava te encontrar.

O que é égua ter pai?
Por que comer tanto filhote?
Por que tanto açaí tão cedo?
A gentileza é seu esporte.

Trago o corpo cansado
de vê-los dançar a quinta.
Cansado de invejá-los;
não sei dançar nem dou pinta.

Por que tanto rock sentado?
Só pra ouvir não se levanta?
Como é gostoso estar do outro lado!
(A diferença me encanta!...)

Mas ela nem é muita,
basta cavar sob o sotaque.
Basta alguma atenção
e é diferença de araque!

Só as estações são opostas.
A gente é hospitaleira.
E é gente tão bem disposta
que bem podia ser mineira!

Belém, ainda te volto,
e pra Salinas, Santarém.
Ali nascem tão bonitas!
Quem sabe me nasce um bem?!

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