sexta-feira, 1 de junho de 2018

O QUE SE PUDER (Principal)

Chovo amor sobre quem quer distância.
Insisto contra a recalcitrância.
Suas sombrinhas fechadas,
com cores só por dentro.

Por fora guardam chuva,
todos pretos, num luto sem recesso.
Nada almejo senão tê-los por perto,
são meus dessemelhantes.

São-no por estarem prefixos.
Eu não quero compromisso!
Quero uma alegria solta
(desconfiam do que me sai da boca!)

Não gostam de minha roupa.
Não gostam do meu colóquio.
Não gostam dos meus acessórios,
e desconhecem o principal.

O que quero comunicar-lhes
é uma espécie de senha.
Cada um tenha o seu esquema,
mas acessem seu interior.

O que vou-lhes dar é chave!
Por favor ouçam o que eu digo:
esqueçam seus umbigos!
Acordem pra tudo que é!

É tudo questão de fé!
Por favor me façam confiança:
Eu sou o arauto da esperança!
E o melhor, o que se puder...

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