Não me exponho.
Não me guardo.
Deixo a janela aberta.
(E se acaso o acaso entrar com cara de sorte?
Não é coisa que se aproveita?)
Nada é tão lógico,
nem sua tristeza!
A felicidade (é esse o negócio...)
não tem receita.
Ela precisa de coragem!
Ela precisa de leveza.
(E você empregando em ser miserável
sua tão esforçada destreza!)
A felicidade não é suspeita!
Ela é natural.
Não precisa de calendário,
não espera o carnaval.
Não se vigia no relógio,
não é coisa pro Natal.
A felicidade não implora
nem carrega arsenal.
A felicidade não é combate,
é arte!
Dança, canta, toca, esculpe.
Se você a interpretou mal
sugiro que se desculpe!
Desista de malfalá-la!
Desista de se esconder.
(Insistir em tristeza besta
é tão penoso mister!)
Não afunde onde, no passado,
afundou o quase sábio
desperdiçando a existência
produzindo alfarrábios.
Para bobos do futuro
aplaudirem-no sem que os visse.
Larga a mão de ser besta e escuta
o que eu sempre disse com urgência!:
A felicidade é sempre riqueza!
A tristeza ou é fase ou indigência!
SAPOC, 11/6/2018
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