Para Tom
O poeta fita o papel.
A fita da máquina já secou há muito.
As ideias seguem-no em tumulto.
Tem medo da criação.
Medo do novo
brado do antigo.
Nada pode garanti-lo.
Só o que é certo é a concepção.
O concepto!
(Existe esse palavrão?)
As ideais são boas.
São, sim, coisa que se entoa.
O amor não se conforma.
(Nenhum plano o transforma.
Ele é múltiplo)
Quem vive duvida.
E o fundo da dúvida é uma crença.
Não há mesmo diferença.
Eu quero a prosperidade.
O voo imperturbado da verdade.
A boa nova corre por minhas lentas velhas veias.
O que é chegado apeia.
Tudo é saudação.
Tudo é abraço.
(É tudo beijo!)
Como acredito e vejo!
Gosto do Tom que percebo.
Viceja e me acalma.
Que seja tua a hora!
Nesta e em toda a casa!
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