quarta-feira, 27 de junho de 2018

AUTOESTRADA

Sim!
O menino é poeta!
É ele que o decreta,
ou decretaram-no tal.

(Tê-lo-á tornado poeta
 a tia que o escolheu pro jogral?)

Escolheu-o pelo seu semblante,
e por seu aparato vocal.
Teria tido ideia do que vocalizaria,
do tipo de aparato usado para tal?

Despojar-se das vestes
já bem lhe serviria.
Serviu na Capela
àquele a quem se tornaria fiel.

Serviu-lhe a concatenação
da vermelhidão de POA.
Até hoje faz caso e tributo
ao que o bom gaúcho entoa.

Não se fez poeta
por lhe terem beijado a boca!
(Embora versos se façam
e também se lancem à toa.)

Fez-se porque a voz se ouve,
faz-se antes que o atordoe.
Talvez diminuto delegado
de um delegado do que sempre houve.

Não se preocupa com legado,
mas vigia o que assopra.
Vigia porque boas ideias
são coisa melhor do que ganhar uma Copa.

Faz-se ouro cada converso
ao propósito de ao menos tentar.
Cada elo na corrente
é menor chance de se arrebentar.

Gira-se a catraca e lhe damos curso.
O progresso é certo e o atrito é impulso.

Merlin Bardo cingido da Cruz.
Nunca esqueço o mastro e as bandeiras que depus.
Agora só vermelhas e brancas,
só as cores fraternas!

Só os bons auspícios
de Paz e Amor na Terra.


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