sexta-feira, 15 de junho de 2018

BELO TOM (Tom III)

Para Tom

Meu filho,
de onde você vem?
De que lados?

Meu filho,
como você vem?
Em que estado?

Sei que vem de longe,
será que chega cansado?
Cansados estávamos nós,
do muito esperá-lo.

Você tem bom plexo,
melhor do que imaginávamos.
Melhor do que a sorte e a chance
de estarmos misturados.

O que pensa enquanto nos olha?
Quanto tempo até que nos fale?
Tenho mais fome de escutá-lo
do que tenho de falar-lhe!

Não quero falhar-lhe,
dizer que é o que não seja.
Ou disfarçar o que não se quer
que esse menino perceba.

O que mais quero é que tenha o brilho
de saber o que almeja.
Saber que a sua verdade
são as flores que vicejam.

Soe seu belo Tom!
Insista-o em Alegria.
Não se dê com correntes,
seja todo alforria!

Sua mãe é a Liberdade,
seu pai não é escravidão.
É seu o tom da tarde,
são seus os tons da manhã.

Tanto poeta é mineiro!
Tantos são pernambucanos!
Quantos sejam seus dons
com todos eles te amamos!

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