segunda-feira, 30 de março de 2015

A BAILARINA TEM






"Só a bailarina que não tem".
Crescemos ouvindo isso,
dos brilhantismos bonitos do Chico,
que lhes retirou os defeitos.

Alçou-as a quimera?

E a bailarina que eu conheço
é até mesmo um pouco desse jeito.
Não é da "Terra do Nunca",
mas da do "sempre" e "quem me dera".

Porque a moça tem um brilho bonito,
que lhe sai também nos giros.
Piruetas, pliès e tandis
devem sair-lhe perfeitos

como sempre se quis!

Aquele querer de coragem
que sempre me admirou.
Não lhe importava a milhagem
para perseguir o que sonhou.

Foi a terras distantes,
às terras dos  outros,
de línguas estranhas.
Foi para ser brilhante e

exportar o diamante das entranhas!

Pois tinha mesmo um brilho entranhado e,
tendo sido sempre tão generosa,
eu o teria estranhado
se o não tivesse exportado a quem gosta.

Mas o que ia dizendo atrás,
antes de perder-me na História,
era das coisas tidas
que são mais bonitas que glórias.

Enquanto os demais perdíamos
tempo com críticas maledicentes,
sorria suas alegrias,
tornando-se muito mais gente.

E quem se torna mais gente
também nos adorna a expansão.
É como um contágio contente,
uma forma de inspiração.

Siga sempre esse rumo, moça:
música, bondade, dança.
E vai ver como nos anima
a atingirmos o que alcança.

Nunca é tarde para ser intenso,
nunca somos velhos pra felicidade.
Eu, te olhando, às vezes penso
que a vida é dançar até tarde.

O "tarde" ainda lhe tarda,
tenho certeza e uma espécie de fé.
Então ponta do pé na tristeza;
a vida não é senão balé!

Passe sempre, moça!
Venha ver os "de fé".
A gente quer vê-la de perto,
aprender o que é ser Fllé.

So dance your life away,
Tanz mit mir, bei uns.
Mas esteja sempre por perto,
pro beijo, o abraço e o afeto

comuns!

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