sexta-feira, 6 de março de 2015

À BAIA, BAIANA! (Heroína de Gibi)


Para Cris Azevedo, 
com imenso amor fraterno.

Queria mesmo era Minas de sal,
que é o que a baiana tem;
além de saudades de mim, 
como não as tem ninguém.

Digo-o, modéstia às favas,
porque já o vi muito no sorriso
bonito com que a moça me brinda,
quando visita o amigo.

Disse o maior de nós
que as Minas são mais bonitas de longe;
não queria que fizesse escola!,
não gosto quando a moça se esconde.

Cadê você pra me promover
de Don Juan a Renoir,
e derrubar-me de novo ao primeiro
depois de eu muito canastrar?

Acho que só a moça me entende
antes mesmo de eu falar.
Aqui também se tem rede!
E amarela! Posso provar!

Quero provar de novo
de seu sorriso diário.
Amigo eu fito de frente
(muito às vezes de soslaio!).

"Venha!" Eduque-se, "ordinária!"
Mas eduque-se pobre, de Gibi!
O livro seria mais nobre,
mas esse eu nunca escrevi.

E te digo que "amigo é casa!",
seja casado ou solteiro;
então passe nesta sua casa,
pra papos sérios e recreios.

"A Bahia é que é o cais,
a praia, a beira, a espuma",
mas aqui está sua matrícula:
devolva-nos a escuna!

"Tudo, tudo  na Bahia
faz a gente querer bem.
A Bahia tem um jeito terra..."
Ora, terra aqui temos também!

Você é "a cor que lá principia,
e que habita em meu coração,
e que habita em meu coraçaõ,
e que habita em meu coração, êêê..."




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