domingo, 8 de março de 2015

ASTROLÁBIO

Ponte aérea,
e me censuraram.
Não me ensinaram,
não sei as usuras

(não sou usurário...)

Não sei se é usual
pensar tanto no lucro,
eu quero é ir ao fundo
do trazer-me à superfície. 

Eu quero vir à tona:
o medo, na lona;
o temor, nas cordas;
o narrador chora

(ou era riso aquilo?)

"Que arraso!"
e comigo:
"o senhor está bem?"

Su-s-surra-me,
e à plateia grita,
e a plateia grita:
"Abortem-no!"

(o mundo já está cheio!)

O Sérgio ao CID consultou
e nos disse:
"Chega de poetas nas prateleiras!
A doença está na cheia!"

É como direi (está inédito...):
Essa gente faz elite de tudo!
Quer entrar?
Mais estudo!

(Se não és tudo,
fique mudo!)

Eu só quero ser
o que não sei.
Desconheço as leis
mais novas que as de Nilton.

E a primeira dele
(contei na crônica)
é-lhes afronta:

Divirta-se sempre que possível!

Só rindo mesmo...
Eu só estava rindo.

CNF-BSB, 6 de março, 19:15.

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