Para Flor,
Já são cinco,
e já não é crime estar acordado.
O crime é o leito vazio,
sem você do meu lado.
Às duas tentei um vinho,
mas me desceu quadrado.
Também tentei seu livrinho
sobre o rapaz iluminado.
Iluminou-se sob alguma árvore?
Porque também pensei no Newton,
iluminado sob a macieira
(rapazes, me deem a receita!).
(rapazes, me deem a receita!).
Preciso estar iluminado
para ser iluminante?
Pois precisam aqui do meu lado
do que eu já sabia antes.
Do que eu sabia de cor,
sem que me dessem corda;
desde o líquido amniótico
daquela abençoada senhora.
Chamando-se a moça Flor,
não podia ser diferente:
muito mais do que uma faca,
tinha talento pra gentes.
E é como tenho dito,
tornando em meu o ditado:
Todos os caminhos levam aroma
quando se está perfumado.
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