domingo, 2 de junho de 2013

CRIATURA


Vivo e respiro cultura;
quero até ver o que cria
a mais torpe criatura!

E decanto a realidade
do que outras cabeças inventam.
E do que urdimos, eu e outros,
vai-se fazendo meu sustento.

E me nutro e fortaleço
do néctar de vária flor.
E vai ditar o quanto cresço
o de que puder dispor.

Em tão espesso caldo se cultua
o que me basta a anos a datar;
e me conhece o que no que eu faça,
disfarçado, me consegue achar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário