segunda-feira, 14 de maio de 2012
Lua do Porto
Para Luana Drumond
Apresente-me o poeta, moça!
Há presentes em mim poetas!
E se a casa não é de França,
Há Senas outros a navegar.
Acenas desde o Porto
E boas novas me trazes!
Hão de ser boas as cenas; confio!
Cofio a barba e me abrigo da chuva,
E o retiro é salutar!
Mas não me retiro de nós
Nem nos desatamos Dela
A poesia é o ar!
Ao tédio daqui
Preferia estar
Em fado de Lisboa!
(Ó, Madre! Deus!)
Ai, não sei!
Sou eu num lamento impetuoso
Ou já ímpeto lamentado
Obrigo-me à
Cinjo-me à
Responsabilidade!
Mas me brindo
E preciso ser
Possível rompê-la
E faz-se tarde!
Boa noite, moça!
E se o sono, mesmo,
Se entrecorta
Sejam bons os sonhos teus,
Luana du Monde!
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