terça-feira, 24 de abril de 2012

Que portas?



As portas e janelas não dão para o mesmo, não são para o mesmo. Mais portas que guardam e janelas que anunciam ou permitem. E não se defenestra como se deporta. Os deportados não sabiam o que os esperava (porque não os esperava) e querem voltar. Dos defenestrados não se aguarda o retorno. Deles não se guarda o retorno. Não carece; não carecem...

Caros amigos, ... Partamos a cartas aos partidos. Se ao menos  nós tivéssemos brindado com apartes a tempo. Mas em tempo quem é hábil?!

E que janelas portariam percepção? São percepção! Translúcidas, diáfanas, nada as limita. Limitam se opacas, emparedam.


Se opacas emparedas!

E eu que me julgava tão de transparência e nudez tão encantado destas cortinas! Talvez porque só onde as haja seja-me dado descortinar algo.

Surpresa gostar de surpresas.

"...tive algumas apreensões no tocante a descobrir se a minha vida seria bastante para toda a duração de minha existência".   (Kafka, Diários).

4 comentários:

  1. Creio eu o descortinar-se ser a razão de cada uma delas.
    Amei o modo como brinca com as palavras.
    Ficarei por aqui.

    Thamy
    @ThamiresLyrio
    http://tocadathamy.blogspot.com

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  2. Ah, você assinou! Que legal!
    Obrigado!
    = : )

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